Amor de uma prostituta
Tanto escrevi sobre o amor que acabei por não esbarrar no meu
Tanto desprezei as prostitutas, que foram com elas as noites inesquecíveis
Tanto blasfemei a deus que hoje encontro-me solitário nessa estação
Tantas lágrimas proibidas se
derramaram que
hoje me afogo nas minhas.
Cem sonetos de amor
Ainda não saí do primeiro verso e vejo que Neruda estava errado O amor não bateu em minha porta Apenas cartas sem respostas
Amei a mim, meu ego As noites nos bares e a dose
para ir embora
Mas morro apaixonado por uma meretriz.
Que rouba meu dinheiro, mas me oferece o calor de seus seios
Somos amantes Findamos a noite
na cama Gemidos de gozo nos
percorrem
De manhã ela parte
morre mais um pouco em sua rotina
e retorna aos meus braços ardentes para secar as lágrimas e deixar-me só.
"O beijo de uma prostituta me conquistou mais que um eu te amo desamado"
V. Canuto
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